segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Dossiê sobre "Representações Cotidianas", chamada de artigos.

CHAMADA DE ARTIGOS, TEMA "REPRESENTAÇÕES COTIDIANAS"
NÚMERO ESPECIAL DA REVISTA SOCIOLOGIA EM REDE!



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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A atualidade do Marxismo Libertário


A atualidade do Marxismo Libertário 


Cleito Pereira dos Santos


Nos dias 03, 04 e 05 de setembro de 2014, estará sendo realizado em Goiânia, na Faculdade de Ciências Sociais da UFG, o III Simpósio Nacional Marxismo Libertário, promovido pelo Núcleo de Pesquisa Marxista (UEG), Grupo de Pesquisa Dialética e Sociedade (UFG), Núcleo de Estudos e Pesquisa América Latina em Movimento (UFMS), Núcleo de Pesquisa e Ação Cultural. Essa terceira edição do evento significa sua consolidação e da pesquisa marxista libertária nas universidades brasileiras. Nas universidades brasileiras, o marxismo sempre existiu, sob diversas formas, tendo algum tempo atrás um maior peso e importância na cultura brasileira e nos meios acadêmicos. A mutação do capitalismo a partir dos anos 1980 (neoliberalismo, reestruturação produtiva, etc.) promoveu um recuo temporário do marxismo, que ressurge com força nos anos 2000, principalmente em suas tendências antes marginais (comunismo de conselhos, situacionismo, autonomismo). No caso brasileiro, isso ocorreu de forma um pouco mais lenta, mas dá um salto no final dos anos 2000, principalmente após a crise financeira de 2008, gerando um crescimento do interesse, debate, leitura, influência a nível mundial e nacional. 

O evento reunirá distintas gerações de intelectuais e militantes ligados ao que pode ser chamado marxismo libertário (um termo amplo que apenas distingue do chamado “marxismo oficial”), tal como a geração mais antiga representada por Dóris Accioly, da Universidade de São Paulo e Cláudio Nascimento, autor de diversos livros, por um lado, e a nova geração expressa por Léo Vinicius, doutor pela Universidade de Santa Catarina, Lucas Maia e Edmilson Marques, ambos doutores pela Universidade Federal de Goiás, em Geografia e História, respectivamente, além de Nildo Viana, doutor em Sociologia pela Universidade de Brasília, intermediário entre as duas gerações, além de diversos outros envolvidos no evento em minicursos, Grupos de Trabalho, etc. 

“As manifestações ocorridas em 2013, o crescimento das lutas estudantis e populares, a sua retomada mais tímida esse ano e a repressão, colocam num nível de extrema importância o III Simpósio Nacional Marxismo Libertário. Ao mesmo tempo em que há uma ascensão das lutas sociais, a teoria e a reflexão avançaram de forma limitada”.
Assim, o evento assume grande importância ao recolocar em debate questões fundamentais das ciências humanas e do marxismo libertário, discutindo, por exemplo, o pensamento daquele que das gerações mais antigas é o grande nome do marxismo libertário no Brasil, Maurício Tragtenberg. Além disso, os debates sobre algumas revoluções proletárias inabacadas (Alemã, Espanhola e Polonesa), as manifestações no Brasil em 2013, a crítica de Marx ao Estado, a questão das classes sociais. O evento se torna necessário por permitir a retomada de questões importantes antigas e novas, bem como reunir e articular intelectuais, professores, pesquisadores, estudantes, militantes e outros para repensar a sociedade contemporânea. Cabe destaque também o seu papel na renovação intelectual e política da qual faz parte e ao mesmo tempo reforça. 

As manifestações ocorridas em 2013, o crescimento das lutas estudantis e populares, a sua retomada mais tímida esse ano e a repressão, colocam num nível de extrema importância e atualidade este evento, e a demanda pelo mesmo, com a confirmação de vinda de ônibus de diversos estados e universidades, confirma isso. Ao mesmo tempo em que há uma ascensão das lutas sociais, a teoria e a reflexão avançaram de forma limitada e tal evento incentiva a ampliação do debate sobre o Brasil e o mundo. Nesse sentido, todos estão convidados para participar e ajudar a construir um novo momento de reflexão diante de uma nova realidade social, que tende a promover transformação e mudança. 

*Professor da Faculdade de Ciências Sociais (FCS).


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